Entre o real e o experimental na fotografia esportiva
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Entre o real e o experimental
Quem acompanha meu trabalho sabe que sempre fotografei o esporte de forma muito clara: ação e imagens superfocadas. É assim que eu vejo o esporte, preciso, intenso e emotivo. E, por muito tempo, achei que esse era o único caminho que me representava.
Mas, nos últimos anos, tenho sentido vontade de experimentar. Explorar a fotografia de outra forma, buscar imagens que não dependam apenas da nitidez perfeita, um caminho menos literal e mais aberto.
Essas imagens fazem parte desse processo. São exercícios de liberdade dentro de um universo que, para mim, sempre foi muito técnico. Aqui, a distorção vira escolha.
Não é uma mudança de direção. Obviamente, ainda tenho uma preocupação extrema em entregar o que o cliente espera de mim e me contratou para fazer, mas é uma expansão. Uma autopermissão para relaxar no processo do trabalho, para produzir além do que esperam de mim, para experimentar na fotografia. Continuo amando a precisão das fotos nítidas e o desafio de registrar o ápice de um movimento, mas também quero permitir que o esporte apareça diferente.
Fotografia não precisa de limites e, às vezes, experimentar é a melhor forma de voltar a enxergar ou se renovar.
